terça-feira, 13 de agosto de 2013

Pelo direito de sair sem pré-determinações


Hoje em dia vejo como estamos deturpando as coisas e trazendo toda um cronograma de “movimentos “ a serem desenvolvidos em determinadas situações, seguindo um livro de regras empíricas, livro que como diria Zeca Pagodinho “ nunca vi, nem comi, ou só ouço falar”.

Segue a situação... você esta lá na net, quando em conversa vai conversa vem você marca um encontro para conhecer melhor ( e ao vivo) aquela pessoa que você conversava. No meu caso só de marcar o encontro já fui sentido a pressão do cara se iria rolar algo a mais ou não, como se fizesse parte do protocolo do encontro rolar, no mínimo, uns beijos.

Não consigo descrever o que eu senti, até porque, se é para ter algo assim tão raso, é muito mais simples ir para a balada, passar o famoso ”rodo”, quem sabe, ter um sexo casual com aquele bofe que te enlouqueceu na pista, e depois voltar para casa sem compromisso e satisfações a serem dadas. Também não procuro encontros para ir enfiando uma coleira com a minha inicial no pescoço do bofe, socorro!


Quero poder ter um encontro sem ter essa pressão de que, só porque sai com alguém necessariamente tem que rolar algo...se rolar, rolou...não por obrigação, e sim pelo feeling. Amo conhecer pessoas, conversar bobagens e entrar em altas conversas filosóficas, amo isso! Faz parte do que eu sou, e essa pré-determinação, vou ser obrigada a dizer...me broxa.

Minha vó já dizia... nem tudo é o que parece.


Hoje percebi algo que já havia tido especulações anteriores, mas hoje se confirmou, e isso me fez enxergar o que tinha dentro desse mundo escuro onde tateamos o moveis tentando não bater com o minguinho na quina, este também chamado de universo dos relacionamentos. É inevitável, quando namoramos com alguém, por mais evoluídos que sejamos sempre terá aquela ponta de ciúmes, por menor, mais sutil e inofensivo que seja.

Já fui esta pessoa iluminada que poderia quase considerar que o ciúme não fazia parte de um relacionamento, tudo era flores na campina ensolarada cheirando a primavera ao entardecer, mas esse relacionamento veio a acabar, e uma nova era se instalou, comandada por um ditador territorialista, ciumento e possessivo, não digo que não tive motivos para ficar paranoica, sim tive,  mas se tivesse tido o insght que tive hoje, talvez as coisas teriam sido mais amenas.
Na minha atual e bela solteirice, ando explorando aspectos da minha vida que jamais havia desbravado, e gente esta sendo uma experiência e tanto! Esta sendo tão produtivo que olha só, cá estou eu escrevendo um blog para exteriorizar tudo isto!

Apesar de meus vinte e poucos anos na lata, até alguns meses atrás tinha uma experiência quase nula na sessão “ flerte/conquista/encontros”, sempre me relacionei com meus amigos, o que meio que faz pular todos esses jogos de sedução. Então, vamos chegar logo ao ponto, depois deste looping que acabei dando para situar vocês sobre a minha pessoa.

Desde que fiquei solteira converso com um rapaz pela net, trovamos, falamos besteira, safadezas e damos muitas risadas, tudo isso seria lindo e maravilhoso se ele não tivesse uma namorada. Me vi fazendo exatamente o que aconteceu na Era que imperou o Sr. Ciúme, mas como tudo tem seu lado bom nessa vida, a soma da falha do meu ultimo relacionamento com este meu “caso virtual” me serviu de material de pesquisa ( o rapaz que não descubra que ele passou a ser uma cobaia!!!).Vi que apesar de tudo, das madrugadas de bobagens e de volúpia, nunca realmente algo vai acontecer literalmente, porque esse é o nosso momento de diversão virtual, e nada além. No passado não consegui assimilar essa opção quando descobri os históricos do meu ex, mas agora sei o que ele queria dizer com a frase “ só queria ver até onde ia desenrolar, mas nunca tive a real intenção de fazer nada” , pois é, hoje acredito em você meu bem!

Gostamos de no sentir desejados, quem não? Vamos la, não seja hipócrita!
 A vaidade abre a porta, a curiosidade instiga, nossa mente erótica da aquele toque de pimenta, sentimos aquele gostinho de aventura na boca, mas la no fundo tema vozinha da nossa consciência nos colocando no chão novamente.
Então mesmo que aquele cara gato, que puxa papo contigo, é mega querido e te da carona da faculdade até a tua parada, se amar MESMO a namorada dele, não vai fazer nada além disso. Podemos considerar essas nossas olhadas por cima do muro do vizinho, tentando enxergar o mundo la fora como uma forma saudável de limpar a mente sem magoar ninguém, porque na verdade gostamos mesmo é de estar no calor do próprio lar doce lar.

O que levo disso?
Compreensão...compreensão que somos animais, que gostamos de atenção, cuidado, do fato de sermos desejados, e que se não fazemos mal a ninguém, por que não ?
Quero que fique claro, não sou a favor das traições, se é para sair na balada e pegar geral, ter quantos sexos casuais lhe der na telha, faça que nem eu, fique com seu status “ solteiro” ativo até lhe passar este desejo de dar mais que chuchu na cerca.

o que você vai levar deste post? não sei, me diga você.